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O julgamento dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados ​​dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes continua nesta  quinta-feira, no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Após as testemunhas apresentarem depoimentos, os réus confessaram o crime, confirmando as motivações relatadas pelos investigadores: Marielle teria se tornado um obstáculo para os interesses fundiários e grupos de milícias que atuavam na região.

Na fase de interrogatórios, segundo a Agência Brasil, Lessa e Queiroz forneceram detalhes sobre a execução e confirmaram que a morte de Marielle foi encomendada devido à sua atuação em comunidades e oposição à expansão de loteamentos controlados por milicianos.

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Lessa relatou que a primeira oferta recebida para um assassinato envolveu o então deputado Marcelo Freixo. Ele explicou que o nome de Marielle surgiu posteriormente, quando foi informado que ela estaria “atrapalhando” interesses de venda de terrenos.

Élcio Queiroz, que converteu o veículo usado no crime, disse ter sido convocado por Lessa apenas no dia do assassinato e afirmou que só descobriu o alvo e o propósito do “trabalho” ao chegar ao local.

As evidências e depoimentos destacaram o uso de uma submetralhadora MP5, e o trabalho investigativo, com análise de câmeras e dados de tráfico, parcerias o trajeto e o veículo clonado utilizado no crime.

O Ministério Público quer a pena máxima para os réus, que pode chegar a 84 anos de prisão.

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