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Donald Trump, aos 78 anos, foi projetado como segundo vencedor da eleição presidencial dos EUA, segundo a Associated Press, pois garantiu votos suficientes nos principais colégios eleitores do pais.

Kamala Harris ainda não se pronunciou, mas seus assessores dizem que faltam muitos votos a serem computados.

Esse resultado já começou a afetar os mercados financeiros. No “Trump Trade”, como é chamado de estratégia de investimento associada ao retorno de Trump, demonstrou-se um impacto no valor do dólar e em investimentos financeiros globais.

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Nas primeiras horas da manhã,  segundo itatiaia.com, o dólar subiu a níveis não vistos desde 2020, impulsionado pelas promessas de Trump de aumentar as tarifas comerciais, o que gera temores de inflação nos EUA.

As novas tarifas prometidas, variando entre 10% e 20% sobre a maioria das importações e até 60% sobre produtos chineses, podem aumentar o custo dos importados e, consequentemente, pressionar a inflação.

O mercado de criptomoedas também foi afetado, com o bitcoin alcançando uma máxima histórica acima dos US$ 75 mil, refletindo o plano de Trump de desregulamentar o setor de criptoativos. Na Bolsa de Valores dos EUA, o índice S&P registrou alta de 2,2% nas negociações pré-mercado, impulsionado pela expectativa de cortes de impostos corporativos.

Já na Ásia e na Europa, os mercados reagiram de maneira mais cautelosa. Na China, o índice CSI300 recuou 0,5%, enquanto a Bolsa de Hong Kong registrou queda de 2,3%, refletindo preocupações dos investidores estrangeiros.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reagiu rapidamente à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, parabenizando-o pelo retorno à Casa Branca. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Lula destacou a importância da democracia e do diálogo, enfatizando a necessidade de cooperação global para a paz, o desenvolvimento e a prosperidade.

A manifestação diplomática de Lula segue o protocolo de reconhecimento das vitórias nas eleições internacionais. A declaração rápida também visava evitar comparações com a ocorrência de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que em 2020 hesitou em reconhecer a vitória de Joe Biden sobre Trump. Agora, em 2024, Bolsonaro voltou a manifestar apoio a Trump, enquanto Lula indicava preferência pela democrata Kamala Harris.

Esse reconhecimento imediato sinaliza a disposição de Lula para manter relações diplomáticas com o governo de Trump, apostando no diálogo.

Líderes mundiais comentam vitória de Trump

Com a autodeclaração de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mesmo com a contagem de votos ainda em andamento, diversos líderes mundiais começaram a enviar mensagens de congratulações, sinalizando suas reações à possível mudança de comando.

Entre os primeiros a se manifestar, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, celebrou nas redes sociais ao afirmar: “A caminho de uma vitória maravilhosa”, enquanto os votos ainda eram contabilizados. Mais tarde, quando a vitória de Trump parecia praticamente garantida, Órban destacou a relevância do evento ao declarar que este é “o maior retorno da história política dos EUA”. Órban ainda acrescentou suas felicitações, comentando que se trata de uma vitória importante para o mundo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também saudou o retorno de Trump, mencionando “o maior regresso da história” e destacando que a reeleição do líder republicano representa uma oportunidade de fortalecer a aliança entre os EUA e Israel. Outros ministros israelenses de extrema-direita, como Israel Katz e Itamar Ben-Gvir, usaram as redes sociais para expressar apoio, destacando a intenção de fortalecer ainda mais os laços entre os dois países.

No campo europeu, líderes como Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, da Alemanha, parabenizaram Trump, destacando a importância de manter a cooperação transatlântica para o benefício mútuo. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, celebrou a vitória do republicano e reiterou os laços históricos entre Itália e EUA. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também expressou confiança no futuro da relação entre as duas nações.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da Otan reforçaram a expectativa de fortalecer a parceria transatlântica e manter a segurança e estabilidade da região. Ambos ressaltaram a importância da liderança norte-americana para promover a paz.

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